Desse modo, ao submetermos o bebê ao um longo tempo de experiências desenvolvidas na água, ajustaremos suas referências, de maneira que seu quadro motor se desenvolva no meio aquático e melhore suas respostas aos estímulos existentes. A natação enquanto atividade física sistematizada favorece a tomada de consciência do bebê em relação a si, ao meio, ao grupo e a sociedade, o que contribui para o desenvolvimento de todas as suas aptidões, pois o desenvolvimento na água ocorre de acordo com sua maturação, com o aprimoramento de seus reflexos e de sua coordenação (SAAVEDRA; ESCALANTE; RODRÍGUEZ, 2003).

 

    Diz-se que o bebê está adaptado ao meio aquático, quando possui o domínio do corpo na água, com base nos princípios de equilíbrio, respiração, imersão, propulsão e salto (SAAVEDRA; ESCALANTE; RODRÍGUEZ, 2003). Fontanelli e Fontanelli (1985) afirmam que qualquer bebê, salvo algum distúrbio, possui um atrativo natural pela água e, que o sentimento de medo ou insegurança apresentados na água, não raro, são reações que possivelmente a criança adquiriu fora da água, já que a mesma até um ano de vida desconhece o significado do perigo. Com isso, leva-se em consideração que os primeiros estudos sobre a natação, visavam o nível maturacional do aluno, uma vez que muitos professores utilizavam exercícios não condizentes com a faixa etária do seu aluno, o que acarretava em frustrações e desistências, visto não conseguirem executar determinados exercícios (LIMA, 1999). Logo, percebe-se que a aprendizagem da natação ocorrerá quando for permitida ao bebê uma inter-relação de fatores internos (estado maturacional e vivências anteriores) com fatores externos (meio ambiente e estratégias do professor), para que assim, o bebê sinta prazer de está na água e descubra as boas sensações que ela lhes proporciona (aprendizagem da natação do nascimento aos 6 anos) (LIMA, 2003).